quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Enfrente sem atacar

Muitas pessoas usam diversas desculpas para atacar de um modo inadequado. Vamos imaginar uma batalha – O seu “inimigo” está com uma espada afiada e você está com sua armadura. Quando o inimigo ataca, você se defende usando sua armadura. Mas imagine que essa armadura fosse coberta por espinhos afiados também. Você estaria se defendo atacando.


É isso o que vejo acontecer no nosso mundo. Acredito que com o decorrer do meu texto, vocês entenderão melhor do que eu estou falando.


Ao sermos contrariados, ao escutar uma critica ou ao sermos atacados, a primeira coisa que instintivamente o ser humano se ousa a fazer é atacar. Reagimos sem pensar, rebatemos. Mesmo que o motivo seja uma ofensa, uma indireta ou uma brincadeira. E em menos de um piscar de olhos, já estamos atacando quem nos atacou, com as mesmas armas ou até mesmo cada vez pior com o decorrer da conversa ou discussão. Irônico como não nos agrada a atitude da outra pessoa, mas é a mesma atitude que usamos em troca ou com o próximo da fila.


Deveríamos sempre oferecer o nosso melhor, em qualquer que seja a situação. Não precisamos ter uma necessidade urgente de dar respostas rápidas que podem causar longos dias de sofrimento ou arrependimento. Não deveríamos ter a necessidade de nos sentir superiores. Mas que superior é esse que para se sentir melhor deve atacar com armas cada vez piores, que deve abusar das forças (ou palavras) para vencer? Irônico como em um debate somos contra os líderes que abusam do poder, mas mesmo que na vida real não tenhamos o mesmo poder, usamos de palavras duras, as vezes até inverdades para ganhar uma discussão, onde parece que o jogo é quem encontra mais defeitos no próximo.



E se ao invés de nos defendermos atacando, a gente só se defendesse com o silêncio, com a consciência de que é melhor se calar e conversar quando as emoções se aquietarem e forem ditas baseadas em fatos sem agressões? E se ao invés de lançar palavras ruins para quem nos olhou de cara feia, a gente se defendesse contra esse nosso próprio sentimento de atacar e nos defendêssemos ainda mais com um sentimento de segurança em nós mesmos? E se ao invés de nos atacar guardando rancor a gente pudesse esquecer o sentimento ruim e até fizesse um elogio sincero a quem nos destratou um dia?


Afinal, assim como temos os nossos motivos, as pessoas também têm os seus. Assim como não somos perfeitos, as pessoas também erram. E é muito mais agradável colecionar e distribuir elogios do que acumular e espalhar palavras destrutivas.

Antes de reagir, se dê um stop e pense se é realmente necessário.


Você deseja oferecer o seu pior ou o seu melhor? Deseja continuar a se defender atacando?



Lily.

2 comentários:

  1. já dizia Lutero " A paz, SE possível. A verdade A QUALQUER CUSTO".

    eu não sou de atacar pessoas, com nada. muitas vezes escuto tudo calada porque acho que não vale nadica de nada a pena sequer discutir, mas as vezes isso é inevitável...

    »Marcela
    »Coisas que fazem minha cabeça
    .

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  2. Até aprendermos isso pode demorar um pouco. Hoje eu me sinto muito mais ofendido quando me ocorre de não ter tido paciência, não ter conseguido me controlar diante de situações indignas de qualquer atitude que não seja o silêncio. Me ofendo mais exatamente pelo fato de estar me auto atacando, o que é ainda pior do que ser atacado pela arrogância ou ignorância alheia.

    Bom texto.

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